terça-feira, 27 de agosto de 2013

Renascimento - O Cortesão e a Cortesã

 
Baldassare Castiglione
     
          Segundo Baldassare Castiglione, que escreveu O cortesão, uma espécie de manual para quem queria se destacar na corte, publicado em 1528, o cortesão se educava para si mesmo e não para a corte: esta era apenas o seu palco e o seu meio.A força motriz da sua conduta não era o serviço prestado ao príncipe, este era apenas pretexto para o aperfeiçoamento de sua pessoa e a exposição de sua virtude.
Cortesão
Cortesão


          O objetivo do cortesão era a busca da beleza em todos os aspectos da vida pessoal, ou seja, ele aspirava transformar sua própria existência numa obra de arte.Entre os conhecimentos e habilidades físicas e intelectuais exigidas do cortesão, podiam ser destacados os seguintes:
  • Devia conhecer os espore nobres (salto, corrida, luta, natação), ser um ótimo cavaleiro e também um grande dançarino.
  • Devia dominar as línguas antigas e modernas.
  • Devia conhecer a literatura e ter um juízo critico em matéria de arte.
  • Devia tocar perfeitamente um instrumento musical.
  • Devia manejar armas com destreza. (esgrima, lança etc.) 
            Cada uma dessas qualidades compensava as outras e originavam um "individuo absoluto", no qual nenhuma qualidade predominava sobre as outras.Esse indivíduo transformou-se em modelo para as cortes europeias.
            No Renascimento, a individualidade da mulher se desenvolveu em paralelo à do homem por meio da sociabilidade.Nas camadas cultas da sociedade, a mulher tinha uma educação semelhante à do homem, tanto as esposas quanto as cortesãs.


Madame de Pompadour - Famosa Cortesã daquela época.

Goya e as cortesãs

Cortesã


          Assim, podemos dizer que um dos maiores êxitos do Renascimento foi a desenvolvimento desse modelo de individualidade completa e desenvolvida.Apesar de a concepção de indivíduo do mundo contemporâneo ser, em certa medida, o oposto do que foi no Renascimento, permanece no presente o ideal da formação de um indivíduo completo, que seja capaz de usufruir de suas conquistas na vida privada e atuar na vida pública como cidadão.

Nobre dançando com uma Cortesã

Corte Renascentista - Dança

Baile no Carnaval de Veneza, 1565.